Brasil
Publicada em 15/07/22 às 10:05h - 98 visualizações
Estupro, assédio e ameaça: o terror vivido por dezenas de mulheres diante de um médico em Hidrolândi
A 300 quilômetros de Fortaleza, na cidade de Hidrolândia, dezenas de mulheres tiveram uma experiência de horror

via:DN

 (Foto: imagem da internet)
cada vez mais frequentemente, estampa os noticiários no Brasil. Quem reside nesse município localizado no Interior do Ceará e já esteve dentro do consultório do médico Ricardo Teles Martins, 45, costuma não sair do local com boas memórias.

A reportagem do Diário do Nordeste apurou que, pelo menos, 40 mulheres se consideram vítimas de crimes sexuais supostamente cometidos durante atendimento. Seis, até então, denunciaram formalmente à Polícia Civil do Ceará. Foram meses de investigação até que na última semana o médico fosse preso e indiciado por estupro.

Do assédio ao estupro. Em entrevistas exclusivas, as vítimas relatam detalhes de como seus corpos foram violados. São meninas, mulheres, que carregam o drama e o medo de se verem novamente nesta situação, temendo que familiares e amigos desacreditem nas versões delas ou partam do pensamento que: "se aconteceu, é porque deu liberdade para isso". Nas redes sociais, familiares do médico desmentem as denúncias.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) não informou se o médico em questão está ou não impedido de exercer a Medicina, após ser indiciado.

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Pacientes contam que no ano passado já tinham noticiado a conduta inadequada do médico para a Secretaria da Saúde do Município, mas o homem não foi afastado e continuou a fazer vítimas. O pontapé para a investigação foi a denúncia de Carolina (nome fictício). Em maio, a mulher buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cosma Maurício da Silva com um quadro de mastite em decorrência da amamentação, quando foi violentada pelo profissional.

Ela relatou nas redes sociais que o procedimento começou normalmente, mas depois o profissional de saúde começou a "chegar mais próximo" para tentar beijá-la, fazendo "perguntas eróticas", como: "você já teve relação sexual depois que teve sua filha?', 'você me deixou excitado, você não tá?'. Eu fiquei sem reação".

A repercussão da denúncia fez com que outras mulheres se encorajassem a falar. Anna (nome fictício), 28, conta que foi atendida pelo médico suspeito no início de 2021. A finalidade da consulta era passar por um ultrassom, para acompanhar a quarta gestação.

"Quando eu cheguei lá ele ficou tentando pegar em mim e fiquei me saindo. Deitei na cama para o exame. Ele subiu minha blusa e meu short, desceu muito, foi diferente das outras ultrassons que eu já tinha feito. Estranhei, olhei para ele e ele riu. Fiquei nervosa e comecei a ter falta de ar. Ele disse que eu estava muito nervosa, perguntou se eu tinha outros filhos. Falei que tinha e ele: ah, você gosta de trabalhar, ne, gosta de fazer filho, gosta muito de sexo"

A mulher ficou sem reação. Tentou sair da sala, mas foi impedida com um abraço do profissional: "Não quis comentar nada na época, com ninguém. Uns meses depois, a sobrinha do meu esposo passou por consulta com esse mesmo médico. A mãe dela veio desesperada dizendo que ele passou o dedo nas partes íntimas dela".

No último mês de junho, Anna decidiu denunciar. Foi até a Delegacia em Santa Quitéria, unidade responsável por apurar este caso, prestou depoimento e fortaleceu a suspeita das autoridades acerca das ações de Ricardo Teles Martins.

"Acho que nunca vou ter uma sensação de alívio, nunca vou esquecer o que aconteceu, mas só o fato dele estar preso, me faz acreditar na Justiça e ter esperança que outras mulheres não passem mais por isso com ele", diz.

"COM UMA MÃO SEGURAVA O APARELHO E COM A OUTRA PEGAVA NA MINHA VAGINA"

Os relatos de demais vítimas se complementam. As histórias trazem traços de repetição de um mesmo modus operandi do abusador. São sempre mulheres, jovens e adultas, que estiveram dentro do consultório médico para passarem por exames e consultas de rotina.

Bia, Cristina, Rosana e Letícia. Todas com nomes fictícios, mas donas de histórias que precisam ser contadas. Bia, 37, foi vítima há quase dois anos. Com o passar do tempo, permaneceram os pesadelos, insônia e episódios de pânico, ao saber de novos casos.




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